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sexta-feira, 15 de abril de 2011

ADULTOS LIÇÃO 3 - O QUE É BATISMO COM ESPÍRITO SANTO


Por Ev. Isaias de Jesus

TEXTO ÁUREO  = “Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra” (At 1.8).

VERDADE PRÁTICA = O batismo no Espírito Santo é a unção prometida por Deus que capacita o crente a realizar com êxito o serviço cristão.

LEITURA BIBLICA = ATOS 2.1-8

INTRODUÇÃO

Antes que Jesus ascendesse aos céus, exortou os seus discípulos a buscarem o batismo no Espírito Santo (Lc 24.49; At 1.4, 5, 8). Eles obedeceram, e depois de 10 dias de perseverança e oração, foram todos cheios do Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas (At 2.1 - 4). Foram revestidos do poder do alto para executarem a grande tarefa que lhes confiara o Senhor Jesus: evangelizar o mundo (At 1.8). Era o Dia de Pentecostes. E, assim, teve início a dispensação denominada “ministério do Espírito” (2 Co 3.8).

1- O QUE É O BATISMO

1. Concepções errôneas. O batismo no Espírito não é a mesma coisa que:

a) Salvação. Os discípulos já eram salvos antes do Pentecostes (Lc 22.28; 10.20; J0 13.10; 15.3). Já tinham participado da ceia (Mt 26.26, 27), e sido enviados pelo próprio Senhor Jesus a pregar (Mt 28.18-20).Eles já eram salvos; restava-lhes, porém, serem revestidos do poder do alto. Na casa de Cornélio, os crentes foram batizados no batismo no Espírito no mesmo dia em que receberam a Jesus; porém, tiveram primeiro os seus corações purificados pela fé (At 15.8, 9). Em Éfeso, havia discípulos que já tinham crido, mas que desconheciam a realidade do batismo no Espírito Santo (At 19.1-6). Portanto, a salvação e o batismo no Espírito são experiências distintas entre si.

b) Santificação. Embora o Espírito promova a santificação na vida do crente (Gl 5.16-18, 24-26), isso nada tem a ver com o batismo no Espírito Santo. A pessoa pode ser santificada e cheia do fruto do Espírito(Gl 5.22), e, mesmo assim, não ser batizada no Espírito Santo. A santificação é paulatinamente cultivada e atua de maneira gradual em nossa vida, enquanto que o batismo no Espírito é um dom concedido por Deus; recebemo-lo de uma única vez (At 10.45).

c) Alegria. A salvação traz grande alegria ao coração do ser humano (Rm 14.17). Porém, sentir grande alegria, ou emoção, não significa que o crente é ou haja sido batizado no Espírito: é o resultado da salvação (2 Co 2.2; 6.10). Vejamos, portanto, o que é o batismo no Espírito Santo.
2. A promessa do pai. O batismo no Espírito é assim chamado porque, no Antigo Testamento, o Pai havia prometido o derramamento do Espírito a todos os que lhe invocassem o nome.  No AT encontramos muitas promessas sobre a efusão do Espírito. Dessa promessa, falaram: Salomão (Pv 1.23); Isaías (Is 28.11, 12; 44.3); Joel (JI 2.28-32);Zacarias (Zc 12.10) etc. A promessa também foi feita através de João Batista (Mt 3.11) e principalmente por Jesus, o Filho de Deus (Jo 14.16, 17, 26; 16.7, 13; At 1.4, 5, 8).

3. Revestimento de poder. Temos, aqui, uma das expressões bíblicas que definem o derramamento do poder do alto em nossas vidas (Lc 24.49).
Na Bíblia, porém, encontramos outras expressões, como:

a) Batismo no Espírito Santo (Mt 3.11; At 1.5): descreve o mergulho do crente na Plenitude do Espírito Santo (At 2.4; 4.8, 31; 9.17) e é uma referência ao transbordamento desse poder.

b) Unção (1 Jø 2.20, 27; 2 Co 1.19-21): refere-se, figurativamente, à unção que recebiam, no Antigo Testamento, sacerdotes, reis e alguns profetas.

c) Virtude do Espírito Santo (At 1.8): fala do poder sobrenatural recebido por ocasião do batismo no Espírito Santo, e que conduz o crente à vitória (Zc 4.6; 2 Co 4.6) etc.

II. A EVIDÊNCIA INICIAL E FÍSICA DO BATISMO NO ESPÍRITO SANTO

1. Línguas estranhas. Antes do Pentecostes, o Espírito Santo já havia descido sobre várias pessoas, como João Batista (Lc 1.47), Isabel (Lc1.41), Zacarias (1.67) e Simeão (Lc 2.52). No entanto, não há nenhum registro de que algum desses personagens haja falado línguas estranhas.

No dia de Pentecostes, o derramamento do Espírito Santo foi acompanhado por um sinal externo bem evidente e audível: “E todos foram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas conforme o Espírito Santo concedia que falassem” (At 2.4). A evidência de que os discípulos haviam, de fato, recebido o batismo no Espírito Santo foi o falar em línguas. Esta é a evidência indubitável e clara do batismo no Espírito Santo. Cada um dos que se encontravam no cenáculo teve a sua própria experiência (At 2.2, 3); todos falaram línguas que jamais tinham aprendido.

2. A evidência como padrão. Como já dissemos no tópico anterior, a evidência inicial e física do batismo no Espírito Santo, no dia de Pentecostes, foi o falar em línguas estranhas. Esta evidência deixou bem claro que os discípulos haviam recebido a promessa do Pai (At 2.17, 18, 38, 39).

O falar em línguas, pois, serve como padrão para se aferir se alguém foi ou não batizado no Espírito Santo (At 11.15-17). O que se deu no dia de Pentecostes, repetiu-se na casa de Cornélio (At 10.46); em Éfeso (At 19.6); na vida de Paulo (At 9.17, 18; 1 Co 14.18). Em Samaria (At 8.20, 21), embora a Bíblia não o declare, também deve ter havido línguas estranhas por ocasião do avivamento que lá houve nos dias dos apóstolos.

III. A FINALIDADE DO BATISMO NO ESPÍRITO SANTO

1. Capacitação para o serviço. “A manifestação do Espírito é dada a cada um para o que for útil” (1 Co 127). O batismo no Espírito capacita o crente a pregar (At 1.8) com autoridade celestial (At4.13, 20,29,33,34).Através dessa ferramenta indispensável ao serviço cristão (2 Co 10.4,5),o crente produzirá muitas conversões como fruto de seu trabalho evangelístico e missionário (At 11.22-24).

Uma grande mudança operou-se na vida dos discípulos depois de eles terem recebido o poder do alto. Tão logo foram batizados no Espírito Santo, puseram-se de pé para proclamar o Evangelho de Cristo (At 2.2, 14). As portas que até então estavam fechadas (Jo 20.19), abriram-se. E eles saíram às ruas, praças etc, para anunciarem a morte e a ressurreição de Jesus Cristo.

2. Novo dimensionamento espiritual. O batismo no Espírito Santo proporciona aos crentes:

a) Visão dos perdidos. Paulo teve a visão das necessidades dos macedônios (At 16.9) e dos coríntios (At 18.9-11).  Que Deus nos desperte a obedecer a visão celestial (At 26.19), pois a seara já está branca para a ceifa (Mt 9.37; Jo 4.35). Conscientizemo-nos desta verdade: não somos enviados apenas para semear, mas também para ceifar.

b) Incentivo para a conquista de outras bênçãos. O batismo no Espírito Santo não é o ponto final de nossas experiências com Deus: é a porta para a conquista de uma infinidade de outras realizações espirituais. Quando Israel entrou na terra prometida, tinha diante de si um território amplo e espaçoso, cuja conquista dependia de um avanço contínuo (Js 1.3; 18.1-4). Por conseguinte, devemos avançar sempre na conquista das “coisas que estão diante de nós” (FI 3.12, 13).

3. Aprofundamento da comunhão com Deus. O “falar em línguas” leva-nos a ter uma comunhão mais íntima com Deus (1 Co 14.2, 28),proporcionando profunda edificação pessoal (1 Co 14.4). É o refrigério prometido por Deus (Is 28.11, 12). E, ainda, uma força extraordinária na oração (1 Co 14.15), pois oramos em espírito (Rm 8.26; Ef 6.18), e, assim, damos “bem as graças” (1 Co 14.17) num tipo de linguagem que Satanás não entende.


IV. COMO RECEBER O BATISMO

O recebimento do batismo no Espírito não está vinculado a mérito, pois é um dom de Deus (At 10.45); nem a métodos, pois o Espírito opera como o vento (Jo 3.8), que sempre toma direções diferentes; nem a datas, pois Jesus, o batizador, é soberano, e batiza quando lhe apraz; nem a locais, pois Ele batiza onde quer; nem a posturas corporais, pois o que vale é a posição do coração (Jr 29.13; Jo 7.38).

O batismo no Espírito Santo é para todos (At 2.3 8). Vejamos algumas condições para  recebê-lo:

a) Arrependimento (At 2.38, 39), voltando para Deus, em uma mudança radical de atitude.

b) Obediência (At 5.32), pela qual o Senhor derrama seu Espírito sobre “servos” e “servas” (At 2.18); fé (Mc 16.17; Ef 1.13), pois os que crerem verão a glória de Deus em suas vidas (Jo 11.40; 7.38; Gl 3.2, 5).

c) Busca ardente, com perseverança (Lc 11.9-13; Mt 7.7), “até” receber o poder (Lc 24.49), e também com desejo e sede ardente (SI 143.6; Is 41.17, 18; 44.3).

Conclusão

Que todos sejam cheios do poder do Espírito Santo para receberem edificação pessoal, e serem capacitados para a sublime tarefa de evangelização do mundo.

Elaboração pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus (auxiliar)
Igreja Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Em Dourados – MS
Lições bíblicas CPAD 1988

SEGUE ABAIXO ALGUNS ESTUDOS QUE PODE FORTALECER E AJUDAR SEUS CONHECIMENTOS

ESTUDO Nº. 01 - O BATISMO NO ESPIRITO SANTO

De acordo com a Palavra de Deus, podemos observar que a atuação do Espírito Santo no Antigo Testamento era esporádica e com um objetivo bem definido. Desta forma, vemos que “o Espírito do Senhor se apoderou de Davi”, 1 Sm 16.13; de Sansão, Jz 14.6, e operou nos profetas de Deus. Sabemos ainda que Ele estava nos momentos da criação deste mundo (Gn 1.2) e que todos os homens chamados para a obra de Deus, ou para conduzir o povo aos objetivos de Jeová, eram usados pelo Espírito de Deus.


Ë interessante observar que Eliseu, nos últimos momentos em que esteve com Elias, fez-lhe um pedido: “Peço-te que haja porção dobrada do teu espírito sobre mim”. De forma que, no Antigo Testamento, o Espírito era dado por medida; no Novo Testamento, porém, é derramado até que transborde.

A Bíblia afirma que Jesus foi gerado pelo Espírito Santo. Ele não recebeu o Espírito Santo esporadicamente, como no Antigo Testamento, pois o Espírito não lhe foi dado por medida, Jo 3.34; o Espírito Santo é uma pessoa, agindo em perfeita harmonia com Cristo, para a realização da vontade do Pai.

Após a ressurreição de Jesus, passados cinqüenta dias, vemos o cumprimento da promessa de ,Joel 2.28 e também a revelação de que vivemos os últimos dias.
Jesus falou do Espírito Santo, que viria e assistiria aos seus discípulos de todos os tempos. Era o Espírito que iria consolar os discípulos, sem dúvida, mas era, acima de tudo, o Paracleto (Jo 14.16-26; 15.26; 1.7), que significa Protetor e Sustenta- dor. Ele daria também o revestimento de poder para que pudessem ir ao mundo falar do Evangelho, como poderosas testemunhas da obra expiatória de Cristo.

A palavra “Baptizo”, no Grego, quer dizer: eu imerjo, eu mergulho. Logo, concluímos que o batismo no EspíritQ Santo é um revestimento glorioso de poder, é ser imergido, mergulhado no Espírito Santo. É um derramamento do Espírito envolvendo totalmente o crente.

Objetivo

O objetivo do batismo no Espírito Santo é, primeiramente, capacitar o crente para ser testemunha do Senhor Jesus e do seu poder, At 1.8. É, também, um meio pelo qual o crente torna-se cheio do Espírito para a realização da obra de Deus. O batismo não é o fim, mas o começo; é a porta que conduzirá ao compartimento de outras bênçãos, como a dos dons espirituais, do fruto do Espírito e da vida renovada. Ser cheio do Espírito Santo é mais do que um privilégio — é um dever, Ef 5.18.

Para quem é o Batismo no Espírito Santo

E para quem ouve. O Batismo no Espírito Santo é para quem ouve, dá atenção à Palavra de Deus e aceita a salvação de Jesus. Quem tem a certeza de que seus peca- dos foram perdoados, e anda em novidade de vida.

E para quem crê. O Batismo no Espírito Santo é para todos aqueles que crêem nos seus sinais e evidências, da mesma forma que creram os discípulos no dia de Pentecoste. É preciso crer que é uma realidade também para os nossos dias: “...e nos últimos dias acontecerá, diz Deus, que do meu Espírito derramarei...” At 2.17; precisamos crer “...que a promessa diz respeito a vós...” (At 2.39; 10.45) e que é uma doutrina bíblica, Mt 3.11; Mc 1.8; Lc 3.16; Jo 1.33; At 1.5,8; 11.16.
E para quem busca. Os discípulos ficaram em Jerusalém, no cenáculo, perseverando unânimes em oração e súplica até que desceu sobre eles o Espírito Santo, no dia de Pentecoste, conforme a promessa de Jesus:Lc 24.49; At 1.12-14. Se buscarmos, também receberemos: Mt 7.7,8.

É para quem quer receber. Em Ap 3.20, Jesus diz: “Eis que estou à porta, e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo”. Assim como Jesus, o Espírito Santo também bate à porta para entrar, mas não força a entrada; portanto, torna-se necessário abrir o coração para que o Espírito Santo entre. Como dar algo a quem não o quer? Mas se a pessoa o deseja, tudo se torna fácil. Se alguém deseja o Espírito Santo, o Senhor o dá em abundância. Aleluia!

A evidência do batismo no Espírito Santo, O que aconteceu no dia de Pentecoste, em Jerusalém, quando desceu o Espírito Santo batizando os discípulos, mostra-nos a evidência do batismo no Espírito Santo, como vemos em Atos 2. Foram vista por eles línguas repartidas como de fogo e todos foram cheios do Espírito Santo, na presença de representantes de aproximadamente quinze nações, e falaram noutras línguas conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem. Concluímos então, que, de acordo com a Palavra de Deus, a evidência do batismo no Espírito Santo consiste no falar noutras línguas.

Quando Pedro anunciou o Evangelho a Cornélio e sua família, diz-nos o texto que “caiu o Espírito Santo sobre todos os que ouviam a Palavra. E os fiéis que eram da circuncisão, todos quantos tinham vindo com Pedro, maravilharam-se de que o dom do Espírito Santo se derramasse também sobre os gentios. Porque os ouviam falar línguas, e magnificar a Deus”, At 10.44-46. Vemos aqui a evidência das novas línguas. Logo após, quando Pedro justificava-se perante a Igreja por haver batizado Cornélio, disse que, quando caiu o Espírito Santo sobre Cornélio e os que com ele estavam, lembrou-se do que .Jesus disse: “. mas vós sereis batizados com o Espírito Santo”, At 11.16.

Em outra ocasião, quando Paulo foi pregar o Evangelho em Efeso, encontrou lá alguns discípulos que conheciam apenas o batismo de ,João (batismo do arrependimento). Então, “impondo-lhes Paulo as mãos, veio o Espírito Santo: e falavam línguas, e profetizavam”, At 19.6.

Elaboração pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus
Revista o  Obreiro – CPAD – 1984

ESDTUDO DE Nº. 02 - O BATISMO COM O ESPÍRITO SANTO

O fato e a evidência do batismo com o Espírito Santo foi, é, e será na Igreja do Deus vivo até a vinda de Jesus Cristo, as línguas estranhas. O batismo com o Espírito Santo é uma doutrina cardeal da Bíblia, imutável, atual, necessária e indiscutível.
Confiar essa doutrina ao passado e negar sua realidade atual é também o mesmo que confinar a igreja contemporânea ao passado. As reações provadas pelo movimento do dia de Pentecoste são as mesmas hoje, com a interrogação: “que quer isto dizer?”.

Alguns grupos evangélicos não negam a doutrina do batismo com o Espírito Santo, mas negam a sua atualidade nos moldes da Igreja primitiva. Outros grupos afirmam receber o batismo com o Espírito Santo sem a evidência do falar em línguas (glossohUia). Separar a evidência física da doutrina pertinente, significa negar, também, sua evidência histórica e presente. Portanto, nosso objetivo neste artigo é destacar os pontos que fortalecem a doutrina e refutar as idéias contrárias à interpretação bíblica e pentecostal. Inicialmente procuraremos apresentar:

A obra que precede o batismo com o Espírito Santo

É fato indiscutível que o batismo com o Espírito Santo é obra distinta da conversão. Não é uma operação espiritual isolada, mas uma seqüência da nova vida em Cristo Jesus.

O Espírito Santo no trabalho da convicção. O Espírito Santo atua neste processo em três esferas relativas à convicção: a esfera da mente, a esfera do sentimento e a esfera da vontade. Essas esferas estão diretamente ligadas à alma do pecador, visto que o Espírito Santo inicia seu trabalho com a alma do pecador. Depois de convencê-la, então o espírito humano tornar-se-á acessível à obra espiritual.

Na esfera da mente, o Espírito Santo trabalha com o objetivo de convencer o pecador intelectualmente através da Palavra de Deus. Ele demonstra que “a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais penetrante do que espada alguma de dois gumes, e penetra até a divisão da alma e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração”, Hb 4.12. Notemos que o Espírito Santo utiliza a Palavra de Deus com poder, o qual penetra no ser total do homem ou seja, seu corpo, alma e espírito.

No livro de Neemias temos uma oração que inclui estas palavras: “E deste o teu bom Espírito para os ensinar”, 9.20. Noutro texto fica confirmada a atuação do Espírito Santo em nossa mente, quando diz: “E aquele que examina os corações sabe qual é a intenção do Espírito”, Rm 8.27. Portanto, o Espírito Santo trabalha para convencer a mente do homem acerca das verdades espirituais, Um outro texto reforça o fato de que o Espírito Santo é o divino revelador, no contexto que estamos a discorrer. Está escrito: “Mas Deus no-las revelou pelo seu Espírito; porque o Espírito penetra todas as coisas, ainda as profundezas de Deus.
Por que qual dos homens sabe as coisas do homem, senão o espírito do homem que está nele? Assim também ninguém sabe as coisas de Deus, senão o Espírito de Deus”, 1 Co 2.10,11.

O Espírito Santo atua na esfera do nosso sentimento. Não é suficiente que o homem seja convencido intelectualmente. Ele precisa ser convencido no âmago de suas emoções. Ele precisa ser convencido a tomar uma decisão. É nessa esfera que o Espírito Santo procura despertar o pecador a ter desejo de ver, de possuir aquilo que lhe é apresentado da parte de Deus. Ele move as nossas emoções através da convicção intelectual gerada pela verdade divina anteriormente ensinada.

Paulo, o apóstolo das gentes, roga as orações dos santos invocando o sentimento do Espírito Santo, quando diz: “E rogo-vos irmãos, por nosso Senhor Jesus Cristo e pelo amor do Espírito, que combatais comigo nas vossas orações por mim a Deus”, Rm 15.30. Paulo evoca um sentimento do Espírito que é o amor. Isto prova que o Espírito Santo é pessoa dotada de sentimentos, numa esfera infinitamente superior a tudo o que é humano, e por isso mesmo Ele atua nessa área, procurando convencer o pecador a tomar posse da bênção de Deus que lhe é oferecida.

O Espírito Santo atua na obra da convicção e a da vontade. Mais uma vez temos que reconhecer a personalidade do Espírito Santo. Ele é dotado de vontade. um atributo-pessoal de que é também dotado o ser humano. É aqui nesta esfera que Ele age quanto a nossa decisão, visto que o pecador já está convencido da verdade através da mente e do seu sentimento. A vontade não é algo isolado dentro do ser humano. Ela está ligada aos impulsos da mente e do sentimento.

O Espírito Santo trabalha ainda no ser humano, na convicção de três fatos, dos quais o pecador não pode fugir. É uma ação tríplice de convicção que só o Espírito Santo pode realizar. Essa tríplice ação do Espírito deve ser entendida à luz do texto de ,João 16.8-10, que diz: “E. quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, e da justiça e do juízo. Do pecado, porque não crêem em mim; da justiça. porque vou para meu Pai, e não me vereis mais; e do juízo, porque já o príncipe deste mundo está julgado.”

Primeiro, o Espírito convence do pecado, mostrando ao pecador que seu caminho. sua vida errante podem ser mudados. É um ato que absolve do passado negativo mediante a confissão e o arrependimento. O pecado é uma realidade e o pecador precisa ser liberto dele e da sua condenação.

Segundo, o Espírito convence da justiça. Aqui neste ato o Espírito mostra o caminho da libertação. Ele apresenta a Cristo e sua obra expiatória no Calvário. Convence de que a justiça divinà exigida contra o pecado foi cumprida na cruz. Isso garante um novo presente e um ditoso porvir para todo aqueleque crer.
Terceiro, o Espírito convence do juízo. Aqui o Espírito Santo aponta para o futuro. O juízo inescapável foi executado e a força de sua condenação foi aplacada. Cristo se fez juízo por nós.

O juízo final condenatório do futuro, quando todos os homens terão de comparecer perante o Grande Trono Branco, nada terá a ver com aqueles que aceitaram e seguiram a Cristo como Salvador, no presente. Dentro deste assunto há um segundo ponto a considerar, que é:

O Espírito Santo no ato da conversão do pecador. Um fato é constatado na experiência cristã. Muitas pessoas. às vezes, são convencidas das verdades inconfundíveis do Evangelho, mas não se convertem. Rejeitam toda a obra do Espírito Santo no seu trabalho da convicção. Entretanto, sabemos que a convicção experimentada pelo pecador pode conduzi-lo à conversão a Jesus Cristo.

O apóstolo Pedro, logo após a experiência do derramamento do Espírito Santo no dia de Pentecoste, e após o milagre do coxo de nascença, na porta do templo. pregou com autenticidade. Sua mensagem foi poderosa e direta. Entre muitas verdades expostas por Pedro está uma exortação que diz: “Arrependei-vos. pois, e convertei-vos, para que sejam apagados os vossos pecados. e venham assim os tempos do refrigério pela presença do Senhor”. At 3.19.

A conversão envolve o ato de se fazer meia-volta em relação à vida pecaminosa e dirigir-se para Deus. É o Espírito Santo quem conduz o pecador à conversão. O ato da conversão implica no homem aceitar o senhorio de Cristo sobre sua vida. E plena submissão ao Senhor dos senhores. E o Espírito Santo quem conduz os homens ao senhorio de Cristo. Esse fato é confirmado pela Bíblia, quando diz:

“Portanto vos quero fazer compreender que ninguém que fala pelo Espírito de Deus diz: Jesus é anátema, e ninguém pode dizer que ,Jesus é o Senhor, senão pelo Espírito Santo”, 1 Co 12.3. O ato da conversão operada pelo Espírito Santo implica o recebimento de Cristo em nossa vida, de modo direto. Esse recebimento de Cristo significa submeter-se a Ele e viver de acordo com a sua vontade. Está escrito: “Como, pois, recebestes o Senhor Jesus Cristo, assim também andai nele”, Cl 2.6.

É no ato da conversão que o Espírito Santo mostra ad pecador uma nova perspectiva da vida, a nova vida em Cristo, isto é, o novo “modus vivendi” espiritual. Ele identifica a sua obra com a nova vida e o conscientiza de que é uma “nova criatura” (2 Co 5.17). Essa nova vida recebida do alto representa a gloriosa habitação do Espírito Santo no interior do pecador remido. Essa habitação do Espírito no interior da “nova criatura” torna-se em perene fonte de energia e vida espiritual. Em João 7.38 Jesus disse: “Quem crê em mim, como diz a Escritura, rios d’água viva correrão do seu ventre”.

Revista o  Obreiro – CPAD – 1984



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